A formação contou com a participação de 96 militantes e educadores, sendo estes de 14 estados diferentes. Teve duração de quinze dias (31/01 à 14/02/2013), e os custeios de transporte foram custeados pelo estado RS. As despesas com alimentação e alojamento por conta do estado de Pernambuco e do MST. Realizaram-se diversas atividades integradoras como: noite cultural, jornada socialista, passeio a Olinda, reconhecimento do Assentamento que cedeu hospedagem, incluindo visitação à Feira da Sulanca e Alto do Moura tradicionais no município.
As atividades foram divididas entre os núcleos de base, compostos na sua maioria por nove integrantes, e diariamente as atividades eram diferenciadas. Em senso comum, e a partir de um processo de indicação e defesa por parte dos militantes, a turma tem como nome Roseli Nunes, em homenagem à camponesa que veio a tombar em um conflito. As discussões e explanações realizadas estão sintetizadas, buscando esclarecer os debates realizados.
Na busca do conhecimento, compreensão da realidade, os educadores precisam estar continuamente em formação, para assim fortalecer os trabalhos de base nas escolas, formando sujeitos capazes de não se conformar com o que está posto por esta sociedade capitalista, parasitária, formando protagonistas de sua história e lutando pela transformação da sociedade.
Os trabalhos diários foram desenvolvidos em três turnos, com momentos para leitura e realização das tarefas rotineiras. Contou com participação de renomados educadores e militantes, dentre os quais: Jaime Amorim, Celi Taffarel, Luiz Carlos Freitas, Edgard Colling, Neuri Rosseto e Rubineusa Leandro.
Nos quinze dias de trabalho foi abordada a história de luta pela terra no Brasil, Pedagogia Socialista e do MSt, Educação popular, realizou-se ainda uma análise de conjuntura, questão agrária no Brasil e demais temas.
O professor Cristianderson finaliza dizendo: É necessário continuar lutando e pressionando para que o estado cumpra o seu papel; Reforçar a luta pela conquista de uma EJA nos assentamentos, sem rebaixar o conhecimento, ou seja, articular quantidade e qualidade, partindo da necessidade, construindo um plano de estudo que contemple as demandas de cada realidade. Reforçar a conscientização quanto à importância da classe trabalhadora para a sociedade, pois esta classe é quem fundamenta a referida sociedade.
A formação política e a análise de conjuntura são fundamentais para que possamos compreender a realidade, repetir os acertos e não cair nas mesmas falhas. A troca de experiências e dificuldades socializadas é importante para que nos conforte, nos dando certeza de que não estamos sozinhos nesta luta pela reforma agrária, educação de qualidade, sociedade mais justa e igualitária. Ao mesmo tempo saímos com mais responsabilidades, uma enorme bagagem para ser levada a nossos assentamentos e espaços de luta e resistência. Nestes quinze dias de formação tivemos acesso a muito conhecimento proporcionado por um coletivo que luta muito, muito qualificado, com um discurso afinado e que se debruça na causa.
Escrito por prof Cristianderson Lubini e
revisado por Irene Lúcia Mattos Pires.
